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Embaraço da vitalidade

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Embaraço da vitalidade O que cai liberta a dor Porém molha e arde o ser Rápido seca, nesse dia ensolarado Até consertar tentou Porém a fonte parece não acabar Quando é falado, simples se torna Entretanto, o verdadeiro não é visto Alimentou ódio pelas palavras A invisibilidade o transformou numa ilusão Dá mais que um nó Depois que acalmar, desamarrado será Porém, a calmaria nunca encontrará Engatilha ao passado, agora não sabe se é real É tão frequente que se torna normal - Autoria: Peixinho Azul

Azul

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Azul Te encaro por horas Você é tão forte e intenso Maior do que o infinito Realmente é muito extenso Você não é nada e simplesmente tão bonito Fica difícil enxergar Meus olhos começam a lacrimejar Em ti de vez em quando me encontro Quando espaireço o bastante me sinto pronto Palavras estúpidas falo assim Saem daqui bem de dentro É como se você quisesse fazer parte de mim Tenho sorte de ver e sentir Leve e macio, como algodão doce Sem você não vivo, devo admitir Me viciei como se droga fosse O imaginário está além dessa pequena poeira Esta que é onde vivemos Talvez meus pensamentos sejam só bobeira No futuro é o que veremos - Autoria: Peixinho Azul

Espiral

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Espiral Uma rua sem saída Um lugar qualquer sem telhado É como levo essa minha vida Caminho e sempre chego ao ponto de partida Para que fazer rimas sem sentido? Seria melhor se tudo caísse de vez Se bem que servem para dizer o que está contido Prefiro isso ao morrer de estupidez Para que serve tanto sofrimento? Se parece que com uma década e meia Já conheço o que está por fora e por dentro Freneticamente levo tudo Ao parar o corpo treme, instável Como se não vivesse a um dia nesse mundo Pensar dessa forma é inevitável - Autoria: Peixinho Azul

Pequeno questionador

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Pequeno questionador Naquele tempo, havia revirado Sempre soube que algo estava errado Deveria agir para me amar Mas agiu como se fosse um fardo Tudo estava ao contrário Do que de fato deveria ser Ódio para matar Tristeza para morrer Até eu fiquei invertido A cabeça pendurada Por tanto tempo que se desprendeu Meu ser por completo se perdeu Naquele olhar, existia medo apenas Paralisado e sem reação As cicatrizes serão eternas É como uma onda, vai e vem Parece diferente, mesmo sendo conhecido  Lágrimas só caem quando convém  De longe talvez faça menos mal Sem o “fardo” é menos pesado Depois de sair nada ficou igual - Autoria: Peixinho Azul

Desatino

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Desatino Quando te senti Não era nada, de começo Porém aquilo cresceu como um monstro Maior que minha própria sombra Da boca só saía silêncio Mas queria que saísse um desabafo Coragem não havia, demorei para criá-la  Falei e fui tachado de mentiroso Depois disso que perdi mais ainda Outro longo ano calado Me culpando e pensando que estava errado Não acho que se esqueceu Estava fora e dentro de si Um estado de superposição Parece que nunca fará a medição Ninguém acreditou Afinal, você é perfeito Tanto que parece que estou inventando Distorcendo a realidade Quando na verdade foi você Que me distorceu por completo Me deixou em pedaços Aqueles que nunca consegui colar - Autoria: Peixinho Azul

Metamorfose

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Metamorfose Te abandonei À força, sem opção Não sabia o que viria Agora lhe desejo novamente Nunca pensei que o mais repugnante Se tornaria a maior saudade Uma vida inteira ali E ninguém sequer se conhecia Eu queria distância, agora quero um abraço Palavras que nunca sonhei que sairiam da minha boca Sentimentos que pensei que nunca fosse sentir Até que se tornou realidade - Autoria: Peixinho Azul

O segundo olhar

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  O segundo olhar Mais de meia década Sem sentir seu brilho refletir meu olhar Eu verde e tu azul Sua iluminada cor me tomou por completo Desse planeta não parecia ser Tanto brilho, como uma estrela Turbulento e calmo Você é um mistério, um segredo Que nunca foi desvendado Seus respingos tocavam meu rosto Tinha gosto de lágrima Bagunçou todo meu cabelo Me senti revigorar, até o fundo do fundo Você me fortaleceu E aqui estou, do teu lado Sempre permaneceu radiante Como o raio de sol que nasce atrás de ti - Autoria: Peixinho Azul

Relógio quebrado

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  Relógio quebrado Mesmo cercado me vejo só só solidão Quando quisera dar o fim nada parecia ter sentido Me senti um grande egoísta só acabaria com a minha dor, e os outros? Não pude me desesperar mesmo em meio a todo caos que fora a situação Mesmo sem motivo e razão para continuar a tentar Não pude soltar, nem desprender do sofrimento Felicidade ou verdade? quando não tinha conhecimento da vida, viver era melhor Situações em que preferia ficar como tolo ainda guardo em mim Como feridas que nunca irão tornar cicatriz um passado que nunca se apagara Era tudo confuso e nublado vivia no passado e ignorava o presente Feito uma nuvem cinza, um mar turbulento uma zona sem fim! Impossível de se encontrar Nunca pude dizer, engoli tudo calado O relógio naquele tempo estava quebrado o tempo estava parado Não passava, era infinito o sofrimento Ser solitário ao lado de tanta gente é porque vejo mas não sinto Acho que às vezes também não consigo nem enxergá-las posso Será que vai encaixar? não ...

Visão distorcida

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Visão distorcida Qualquer ser humano ficaria assim Porque apenas eu sou o pobre coitado? Talvez a vida não seja ruim Apenas eu que a veja errado   Reflito o motivo por ver Se pelo que vivi conheço o bastante Contudo nunca presenciei um sequer amanhecer Encarei apenas o escuro gritante Não é como se fosse impossível Já estou acostumado Não vejo, é invisível E quando vem, estou despreparado Nem eu sei o que sinto Quem dirá o que penso O sentimento nunca foi extinto E a cada dia fica mais intenso Será que pouparia a dor? Apagar a mente e nunca mais ascender Tirar da garganta o grito ensurdecedor Ou apenas me desprender Desse passado que faz parte do presente Que me consome a cada instante Acho que pedirei para uma estrela cadente E esperarei o tempo restante Da vida e do agora Até quem sabe me libertar Você me vê, mas já fui embora Apenas não venha mais me procurar - Autoria: Peixinho Azul